As
novas tecnologias entraram-nos pela sala de aula adentro e revolucionaram a
educação. Elas possibilitaram claramente novas formas de aprender e de ensinar,
o acesso mais rápido à informação e à comunicação.
Rapidamente
muitos docentes se sentiram impelidos a tirar proveito destas novas ferramentas
e de formação em formação, ou simplesmente como autodidatas muitos de nós
começaram a tirar partido deste novo aliado, outros continuaram a olhar para
ele como um inimigo que os obrigava a optar por práticas que lhes motivavam
desconfiança ou até provocavam neles o medo de serem substituídos pela máquina.
Gradualmente,
uns mais rapidamente e outros nem tanto assim, foram conjugando os recursos livrescos
e os digitais, foram validando as inúmeras ferramentas informáticas para dar uma
nova cor ao dia-a-dia escolástico e fomentar uma nova atitude pedagógica nos
alunos. O trabalho docente foi-se agilizando, no que diz respeito a
planificação, preparação e execução de diferentes atividades e tarefas
específicas da prática letiva, foi sem qualquer sombra de dúvida uma mais-valia
na regulação do processo de ensino-aprendizagem.
Com
uma escola apetrechada com uma boa rede de computadores e as novas tecnologias
de comunicação, o ensino tornar-se-ia mais apelativo, dinâmico e justo,
permitindo a qualquer aluno o acesso autónomo à informação, ensinando-o a pensar,
a formar opiniões personalizadas sobre os factos e a elaborar trabalhos mais
criativos. Pressupondo sempre a orientação do professor na escolha das fontes
de informação, já que a Internet é “território livre”.
Esta
situação seria a ideal, no entanto, não passou de ideologia porque como já
referi no fórum as condições de trabalho nas escolas do mesmo agrupamento são
desiguais, até me atrevo a dizer que antagónicas; muitas vezes a nossa
dedicação é premiada com a frustração de não poder pôr em prática o que
idealizámos, pela falta da ligação à internet, pela falta de manutenção do
material ou por o software estar desatualizado. Enfim, uma infinidade de
obstáculos.
Apesar disso, eu continuo a achar que as novas tecnologias são
ferramentas que podem ajudar o aluno a construir o seu conhecimento e por isso
continuo a investir na sua utilização, preparando os recursos em casa e levando
o meu PC,
de
igual modo, fomento nos alunos a utilização das mesmas para apresentação dos
seus trabalhos e é interessante descobrir e abrir horizontes em conjunto.
Uso o Moodle, com regularidade, como suporte
potenciador das competências metacognitivas e de autorregulação da
aprendizagem, publicando regularmente documentos de apoio ao estudo, mas também
atividades que fomentam o desenvolvimento das competências da disciplina, assim
como estratégias para melhorar o desempenho. No entanto, a minha conquista não
abrange todos os alunos, muitos não querem ouvir falar de trabalhar para lá da
sala de aula, muito menos realizar tarefas extras, mesmo que algumas delas
sejam lúdicas.
Sou
responsável por um projeto extracurricular, “ O Ateliê de Poesia”, que funciona
on-line através de um blogue, há cinco anos e que procura ser um centro de
partilha dos pensamentos e da criatividade de cada um, nele participam alunos,
professores e até funcionários da minha escola e doutras. O facto de ser um
recurso digital torna-se mais apelativo, já que muitas vezes os alunos têm vergonha
de expor os seus poemas.
http://poetasemrede.blogspot.pt/
Apesar do
suporte intrínseco das novas tecnologias no ensino quer para o professor, quer
para o aluno, nem a máquina substitui o professor, nem a tecnologia substitui a
relação humana entre o professor e o aluno. A máquina é um suporte à
aprendizagem na sala de aula e fora dela.
Partilho algumas
atividades levadas a cabo onde o sucesso das mesmo ficou a dever-se à interação
humana e ao uso das novas tecnologias.